quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A Tia, as Crianças e o Presente da Salvação

Minha professora de Educação Cristã da Criança no Seminário, dona Lidia Souza, sempre dizia que "se você fosse capaz de explicar o evangelho a uma criança poderia explicar a qualquer pessoa".

O evangelho é  simples de entender mas não tão fácil para explicar. E ao longo de alguns anos já o expus diversas vezes e por isso desejei compartilhar uma de minhas experiências com os pequeninos.

          No último domingo à noite eu contei a história da ressurreição de Lázaro. Logo que comecei a falar sobre o velório, Maria laura levantou a mão. Ela sempre pede pra ir beber água ou ir ao banheiro durante a história, não a deixei falar imaginando que ela iria pedir uma destas coisa e que poderia sair ao final da história. Contei toda a história e na conclusão comecei a falar a respeito da salvação como um presente que recebemos, podemos aceitá-lo ou não, mas não temos que pagá-lo, pois Jesus já havia pago com seu sangue. 

          Eu não tinha preparado nenhum embrulho para enriquecer minha ilustração. Mas como as crianças gostam de imaginar as coisas peguei uma folha de papel e pedi que imaginassem ali um presente. Eu ofereci primeiro ao Davi, ele, como não viu nada, balançou a cabeça e não quis pegar. Ofereci então ao Pedro Henrique, que é menor, logo imaginou uma moto e pegou rapidamente. Neste momento todas as mãos se levantaram. 

          Eu continuei falando que é como no seu aniversário, você não paga os presentes que recebe, apenas os recebe e agradece. Alicia começa a falar: mas tia o nosso pai paga na loja né? Sim Alicia, eu digo e explico novamente o preço pago por Jesus. Eles parecem estar entendendo, eu me esforçava pra não falar mais em aniversários pois já estavam entrando em outros assuntos que nos estavam levando pra longe, como por exemplo, falar sobre vestidos e bolos e todos queriam relatar uma experiência.                 

        Finalmente consegui voltar o assunto para o precioso sangue de Jesus vertido para pagar o preço dos nossos pecados e nos levar para o céu. Falei que Lázaro morreu novamente mais tarde , o Pedro disse: - "ah mas de novo tia!". Eu comecei a rir porque foi realmente engraçado. Claro que eu queria dizer que a morte chega para todos algum dia mas se crermos em Jesus nunca morreremos eternamente, mas viveremos para sempre no céu. Neste momento toda a alegria se acaba porque Agnes começa a chorar, e diz que não queria que a mamãe morresse. 

         Como a minha conclusão já estava se estendendo demais por causa dos comentários das crianças  decidi terminar com uma oração e disse que se quiserem saber mais sobre a salvação poderiam falar comigo mais tarde á sós. Falei pra Maria Laura ir ao banheiro, ela não quis, então pode ir beber água, e ela disse que queria falar uma coisa. Então fala querida. ela começou a falar sobre um velório que ela tinha ido e terminado em confusão. Eu não sabia mais o que dizer. Mas percebi neste momento que elas queriam apenas compartilhar um pouco de suas vidas e experiências e que podemos aproveitá-las para mostrar-lhes o caminho da Salvação e como nossas vidas, quando lhes damos oportunidades para falar elas também se interessam em nos ouvir.

         Qualquer dia vou postar a experiência que tive ao contar sobre a ovelha perdida e o porque de sermos como as ovelhinhas. 
         Outra longa conversa sobre estarmos perdidos!



Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
João 11:25

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